CLT com dois empregos: como gerenciar finanças e margem consignável
Gerenciar as finanças com dois empregos CLT exige, acima de tudo, organização centralizada. O segredo é unificar a gestão do seu dinheiro em um único orçamento e entender que a margem consignável é calculada de forma independente para cada um dos seus contratos de trabalho, ou seja, elas não se somam para aumentar seu limite de crédito.
Ter duas fontes de renda formais é uma excelente oportunidade para acelerar seus objetivos financeiros, mas apenas se a administração desses recursos for feita de maneira estratégica e disciplinada. Sem um controle claro, a complexidade de múltiplos pagamentos e obrigações pode levar à desorganização e ao desperdício.
O que você vai ler neste artigo
É legalmente permitido ter dois empregos CLT?
Sim, é perfeitamente legal. A legislação trabalhista brasileira não impõe um limite ao número de registros em carteira que uma pessoa pode ter simultaneamente.
A única exigência é que os horários de trabalho sejam compatíveis e não haja conflito de interesses ou cláusulas de exclusividade que o impeçam de trabalhar para empresas concorrentes.
Como organizar as finanças com dois salários?
A melhor estratégia é criar um orçamento unificado. Trate seus dois salários como se fossem uma única grande fonte de renda.
Para fazer isso, escolha um dos seus bancos para ser o centralizador. Assim que receber em cada um dos empregos, transfira imediatamente os valores para essa conta principal. Isso lhe dará uma visão clara do seu poder de fogo financeiro total para o mês.
Qual a melhor forma de controlar os gastos?
Utilize uma planilha detalhada ou um aplicativo de gestão financeira para rastrear cada centavo que entra e sai da sua conta centralizadora.
Categorize todas as suas despesas (moradia, transporte, alimentação, lazer, etc.). Essa prática permite identificar para onde o dinheiro está indo e onde existem oportunidades de economia, otimizando o uso dos seus recursos combinados.
A margem consignável de um emprego soma com a do outro?
Não, as margens consignáveis são independentes e não se somam. Este é o ponto mais importante a ser compreendido sobre o tema.
Cada um dos seus empregos gera uma margem de crédito própria, calculada como um percentual do seu salário líquido naquele contrato específico. O banco só pode realizar o desconto em folha sobre o salário da empresa com a qual você firmou o contrato do empréstimo.
Como a margem é calculada na prática?
A margem é calculada individualmente. Se no Emprego A você tem um salário líquido de R$ 3.000, sua margem para empréstimos será de aproximadamente R$ 1.050 (35%). Se no Emprego B seu líquido é de R$ 2.000, você terá uma margem separada de cerca de R$ 700.
Você não pode somar as duas para obter um empréstimo com parcelas de R$ 1.750. Você terá que escolher um dos contratos para usar como base.
Então, como contratar um empréstimo consignado?
Você deve escolher um dos seus empregos para solicitar o empréstimo. A análise de crédito e o cálculo da margem serão feitos com base exclusiva nos dados daquele contrato de trabalho.
A recomendação é sempre utilizar o emprego que oferece maior estabilidade (mais tempo de casa) e maior salário. Isso garantirá a aprovação de um valor maior e passará mais segurança para a instituição financeira. O seu segundo emprego, embora não entre no cálculo da margem, serve como um reforço positivo na sua análise de crédito geral.
Como fica a contribuição para o INSS com dois empregos?
Cada empresa fará o recolhimento do INSS com base no salário que ela paga. No entanto, existe um teto de contribuição.
Se a soma dos seus dois salários ultrapassar o teto do INSS, você contribuirá acima do necessário. É sua responsabilidade informar a uma das empresas (geralmente a de menor salário) sobre sua outra fonte de renda para que o desconto seja ajustado e você não pague a mais.
E o imposto de renda?
Este é o ponto de maior atenção. Na sua Declaração Anual de Imposto de Renda, você é obrigado a somar todos os rendimentos recebidos dos dois empregos.
Essa soma quase certamente o colocará em uma alíquota de imposto mais alta. Como cada empresa calcula o desconto do IR na fonte de forma isolada, o valor retido mensalmente será insuficiente. O resultado é que, no ajuste anual, você provavelmente terá um valor significativo de imposto a pagar.
Como se preparar para o imposto de renda?
A solução é a provisão. Crie o hábito de guardar mensalmente uma parte do seu segundo salário (entre 15% e 25%, a depender dos valores) em uma poupança ou investimento de baixo risco.
Esse dinheiro servirá para cobrir o pagamento do imposto no ano seguinte. Agir assim evita surpresas desagradáveis e o risco de ter que se endividar para ficar em dia com a Receita Federal.
Perguntas frequentes
Equipe Editorial Lincred
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Observações: devido à dinâmica do mercado financeiro, as informações descritas nos artigos podem sofrer alterações sem aviso prévio e podem estar, em alguns casos, desatualizadas em relação às legislações vigentes. Ao ler este conteúdo você concorda com estes termos. Sempre consulte sua instituição financeira antes de contratar qualquer produto de crédito.
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